data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Bem antes da pandemia, o ramo imobiliário era um dos que mais aproveitavam o ambiente digital para anunciar e realizar negócios. Em poucos cliques, o cliente pode conhecer o imóvel e decidir se será a sua próxima moradia. Tudo, sem sair de casa. Em entrevista ao programa Direto da Redação, nesta sexta-feira, o diretor da Cancian Imóveis, Giuliano Cancian, falou sobre o atual momento vivido pelo setor.
Confira, abaixo, a entrevista completa.
Diário - Quais são as principais dificuldade neste momento em que as empresas estão fechadas?
Giuliano Cancian - Desde o ano passando, é um momento de se reinventar e trabalhar com as ferramentas que temos a mão. No nosso caso, no meio imobiliário, aderimos muito ao meio digital e as ferramentas digitais as quais já vínhamos adotando. Com a pandemia, a utilização se tornou quase 100%. Então, neste momento de portas fechadas, trabalhamos somente com a parte administrativa interna. A parte comercial se dá toda de forma online, onde o cliente assina contrato digital, agenda visita ao imóvel.
Diário - A questão do trabalho online foi uma situação criada na pandemia, que antes não funcionava tanto. Agora, da para ver que muitas coisas podem ser feitas assim.
Cancian - As empresas que ainda não tinham se adaptado a esse sistema acabaram sendo forçadas a aderir e isso eu vejo que, no pós pandemia, vai gerar um ganho ao consumidor. Ganho de tempo, de agilidade, de facilidade dos serviços. Então, é um legado bom que vai ficar no pós pandemia, essa digitalização e desburocratização dos meios locatícios, de compra e venda, de condomínios, os quais a Cancian faz parte.
Diário - Quais foram as consequências do fechamento para a imobiliária? Além disso, como está a questão dos aluguéis, com as universidades paradas?
Cancian - Sem dúvidas, estamos sentindo na pele esse fechamento. Muitos pedidos de negociação de aluguéis, seja daqueles empresários que estão com suas empresas sem poder faturar, como daqueles clientes que perderam o emprego, ou que está em um momento difícil ou dos estudantes que locaram e não estão usufruindo, de fato, do seu imóvel, já que estão em suas cidades natais. Então, estamos tendo muita empatia. Acho que essa é a palavra. Além de se colocar à disposição tanto dos clientes locatários quanto dos clientes locadores. Nunca estivemos tão presentes, apensar de estarmos com as portas fechadas. Acho que a imobiliária nunca cumpriu tanto o seu papel como estamos cumprindo agora.
Diário - Como que as esferas governamentais podem ajudar as empresas, e como as próprias empresas podem colaborar?
Cancian - Na questão das empresas, é fazendo o nosso papel, que é de aderir e acatar o que for decidido na cogestão. Ou seja, tomar todos os cuidados, fornecer todos os equipamentos necessários para as nossas esquipes. E, dos governos, é ter sensibilidade, empatia de ver que do outro lado existe um empresário que está gerando empregos.